Olá, tudo bem com você? Eu, sinceramente, espero que sim! Pois, te quero muito bem!
Não sei se você sabe quem eu sou, mas com certeza já deve ter ouvido alguma história a meu respeito, talvez tenhamos até vivido algumas aventuras juntos.
Eu nasci de uma loucura (para a época), por que pessoas achavam que podiam mudar algumas “coisas”, aí o tempo foi passando e eu já tinha empenhado meu papel, de repente quiseram acabar comigo, fiquei em pânico, não sabia o que fazer, nem para onde correr! Mas, graças a Deus e a algumas pessoas, sobrevivi, e a partir deste susto, resolvi ficar mais forte e procurar um jeito de ser independente.
Com muita luta consegui me firmar na vida. No começo foi só felicidade, liberdade total, o mundo aos meus pés, e eu pronta e preparada para voar! Só que como qualquer adolescente, fiz escolhas erradas, a vaidade, os interesses me levaram a ser bem medíocre, com toda estrutura que eu tinha e apesar de toda a minha descendência, mas nesta época a minha mãe ainda cuidava de mim, então sempre que ocorria algo ruim, estava ela lá para me “salvar”.
O tempo, implacável tempo, me cobrou uma posição definitiva sobre a minha existência mais uma vez, ou eu me EMANCIPAVA ou iria sofrer as consequências de viver à sombra de algo que jugavam ser maior que eu. Tive dúvidas, mas como sempre, tinham pessoas dispostas a me orientar e me fazer única, especial!
Não faz muito tempo que tudo isso aconteceu. Há 27 anos emancipada, experimentei várias situações, eu quis ser culta, quis ser conquista, dei uma de anfitriã e também me tornei referência em conhecimento. Nossa, tive várias decepções, tentei me relacionar com o carnaval, com a cultura das raízes brasileira, entre tantas outras coisas. Claro que sempre aprendi algo, aprendi a cantar, a ser motociclista, fui natal iluminado, entre tantas outras aventuras. Na verdade, eu sempre era aquilo que as pessoas queriam, não me conheciam o suficiente para me fazer feliz, passei a ter relacionamentos efêmeros, enganosos, cheios de interesses e, às vezes, maldade.
E hoje aqui estou eu com 50 anos, meio perdida na minha própria história, tentando resgatar coisas passadas, buscando novidades transvestidas. É duro admitir, mas hoje vejo que não tenho identidade, me sinto uma miscelânea de sou tudo e não sou nada, estou fragmentada, cada pedaço de mim quer uma verdade, por interesse, por vaidade, por dinheiro, sei lá, só sei que a partir de hoje não quero mais, cansei, sou forte, sou capaz, sou madura o suficiente para escolher meu futuro e sei que vou conseguir, porque tenho muitas pessoas que vão me ajudar a ser realmente o que eu tenho que ser, REFERÊNCIA em tudo o que eu escolher!
Se você não me conhece ou não se lembra de mim…
PRAZER, EU SOU ILHA SOLTEIRA E ESTOU AQUI PARA TE FAZER FELIZ!
Por: Enio Coelho
