A placa existe e faz um alerta incisivo: “Perigo. Área de risco. Proibido Nadar”. Entretanto, este aviso não conseguiu evitar a morte de um idoso, de 74 anos, no último dia de 2018. No momento, muitas famílias se divertiam no local até mesmo com crianças.
Muitos questionaram o motivo de não ter guarda-vidas daquele lado e a resposta do Corpo de Bombeiros é objetiva, o local é “impróprio para o banho”. A área reservada para os banhistas e que conta com guarda-vidas é a praia Catarina. Tanto é, que os dois primeiros bombeiros a chegarem ao local estavam de guarda-vidas na praia Catarina e se deslocaram rapidamente após o chamado.
Talvez os banhistas que frequentam o lado da Marina nunca tenham se atentado ou mesmo visto a placa. A reportagem do Ilha Solteira News foi até o local do acidente alguns dias depois do afogamento e a encontrou. A placa está encoberta pelo matagal e por galhos das árvores. Os dizeres da placa foram pichados por vândalos, que cobriram com tinta as palavras “risco” e “proibido”. Mesmo assim, é possível entender o alerta da Administração das Praias.
De qualquer forma, a sinalização é precária em todos os sentidos. A reportagem esteve no local no dia do afogamento e nenhum trabalho de orientação e conscientização dos banhistas na área de risco foi feito, mesmo depois da morte do idoso.
O local é frequentemente utilizado por banhistas, porém, a Marina deveria ser reservada apenas para acesso de embarcações e prática de esportes náuticos. Por este motivo, o Corpo de Bombeiros, que já havia feito um trabalho de conscientização, reforçou a orientação aos usuários das prainhas para que utilizem o local indicado para banhistas, no caso, a praia Catarina, que contou com guarda-vidas durante os festejos de final de ano.
