O verão começou, oficialmente, na madrugada do último domingo (22), mas seus efeitos já vinham sendo sentidos.
A estação que terminará no dia 20 de março no Hemisfério Sul é marcada justamente pelo aumento das chuvas, das temperaturas e da umidade do ar na região Sudeste do Brasil.
De acordo com a meteorologista Zildene Emídio, no verão os dias são mais longos que a noite e, por conta do aquecimento diurno, ocorrem significativas alterações nas condições do tempo.
As tardes quentes favorecem pancadas de chuva, geralmente fortes, de curta duração, normalmente acompanhadas por granizo, descargas elétricas e rajadas de ventos.
Reservatórios
“As chuvas no verão são frequentes e contínuas em quase todo o país e são essenciais para o plantio e desenvolvimento das plantações na agricultura, além de restabelecerem os mananciais naturais e reservatórios hídricos”, esclarece Zildene.
No Sudeste, o reservatório da usina hidrelétrica Ilha Solteira tem o terceiro maior volume útil, com 69,88%.
À frente estão os reservatórios da UHE Três Irmãos (71,08%) e da represa Billings (70,38%). A última atualização ocorreu no último dia 22 pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Contudo, alerta a meteorologista, um volume elevado de precipitação diária, pode causar sérios transtornos à população, como alagamentos, inundações, erosões e desabamentos, especialmente, nas zonas urbanas.
Chuva
A previsão climática indica que o verão 2019/2020 será de neutralidade, sem atuação do El Niño ou La Niña, apresentando chuvas em torno da média no estado de São Paulo, sendo que no setor norte será mais chuvoso, e temperaturas acima da média em todo estado.
Em Ilha Solteira (SP), de acordo com o Canal do Clima da Unesp, choveu pouco mais de 450 milímetros no verão 2018/2019.
Até ontem (25), o acumulado do mês de dezembro era de 203,3 mm, mais que o dobro do registrado em todo o mês de dezembro de 2018 (98,7 mm) e pouco abaixo do acumulado do último mês de 2017 (264 mm).
Ontem, a temperatura máxima chegou aos 37,6 ºC. O recorde do ano foi 41,6 ºC, no dia 11 de setembro. Já o recorde histórico é de 42 ºC, no dia 3 de janeiro de 1993, com base nos dados do Sistema de Monitoramento da Unesp de Ilha Solteira.
(Com informações do IPMet. Foto: CTG Brasil/Divulgação)
