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Unesp elege 1ª reitora; Maysa Furlan obteve 67,61% dos votos válidos

Chapa com Maysa Furlan e César Martins vence eleição à Reitoria com 67,61% dos votos válidos
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Maysa Furlan, reitora eleita, e César Martins, vice-reitor eleito. Foto: Fabio Mazzitelli/ACI Unesp
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Com mais de dois terços dos votos válidos, a docente Maysa Furlan, do Instituto de Química do câmpus de Araraquara, e o professor César Martins, do Instituto de Biociências do câmpus de Botucatu, foram os escolhidos pela comunidade universitária para liderar a próxima gestão da Reitoria da Universidade (2025-2029).

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A vitória ocorreu em primeiro turno, já que a chapa “Unesp sempre viva e plural” foi a escolhida por 12.910 unespianos, alcançando a expressiva marca de 67,61% dos votos válidos.

Esta é a primeira vez que a comunidade da Unesp elege uma mulher para ser reitora.

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Maysa Furlan, que foi vice-reitora na gestão liderada pelo atual reitor Pasqual Barretti, agora vai encabeçar a lista tríplice a ser enviada ao governador do estado.

A chapa composta por Maysa e César venceu com ampla margem de votos em todos os segmentos, obtendo 1.859 votos dos 2.834 docentes votantes (65,6%), 2.320 votos dos 4.114 técnico-administrativos que votaram (56,4%) e 8.731 votos dos 12.886 estudantes votantes (67,8%).

Os votos dos docentes têm peso maior e representam 70% do total. Os segmentos dos servidores técnico-administrativos e dos discentes representam 15% cada um. Ao todo, votaram 19.834 pessoas.

A chapa “Juntos pela Unesp do futuro”, composta pelos professores Estevão Tomomitsu Kimpara, candidato a reitor, e Celso Antonio Rodrigues, candidato a vice-reitor, ficou em segundo lugar, totalizando 3.326 votos, ou 20,07% dos votos válidos.

A chapa “Orgulho de ser Unesp”, integrada pelos professores Leonardo Theodoro Büll, candidato a reitor, e Bernardo Mançano Fernandes, candidato a vice-reitor, terminou em terceiro, recebendo 2.293 votos, ou 12,33% dos votos válidos.

“Esse é o maior movimento democrático que nós passamos na nossa universidade. A cada quatro anos, temos a oportunidade de discutirmos uma universidade que luta pela sua qualidade, excelência, inclusão, diversidade, uma universidade pública e gratuita”, afirmou a reitora eleita Maysa Furlan, após o resultado.

“Hoje esta universidade é a segunda melhor universidade deste país em termos de produção de conhecimento qualificado e somos a oitava da América Latina. Avançamos muito. Somos grande porque respeitamos a democracia e porque lutamos pela autonomia”, disse a docente, que agradeceu a todos que se engajaram na campanha eleitoral e às cartas de apoio que recebeu. “Vou finalizar com o meu respeito a cada estudante, docente e técnico-administrativo da Universidade que fazem dela única e de excelência. Obrigado pelo carinho, confiança e especialmente pelo reconhecimento desta gestão que se encerra.”

O vice-reitor eleito, César Martins, fez menção aos integrantes das duas chapas adversárias e valorizou o processo democrático, que foi bastante elogiado pelo presidente da Comissão Eleitoral Central, professor Jean Marcos de Souza Ribeiro.

Ele deu os “parabéns” às chapas pela serenidade que marcou a consulta. “As grandes democracias se mantêm quando a gente tem contraponto, oposição. É muito importante ter ideias divergentes, diferentes e foi isso o que fizemos nos últimos meses. Essas ideias foram postas e discutidas com a comunidade, que agora emite a sua opinião bastante sólida e concreta. Acredito que o resultado de hoje consolida mais a nossa universidade democrática, plural, viva”, afirmou César Martins. “Hoje ganha a Unesp, ganha a democracia, ganha o estado de São Paulo, ganha o povo paulista. Exercitamos uma vez mais esse ato de uma instituição pública de ouvir a sua comunidade e definir os seus caminhos, o seu futuro”, disse o docente.

Ao encerrar o ato de apuração dos votos, o reitor Pasqual Barretti se dirigiu à professora Maysa para assegurar que o período de transição será o mais tranquilo e seguro possível e lembrar o ineditismo desta consulta de outubro de 2024. “Maysa, conte sempre comigo. Nós ainda temos três meses de convívio. Certamente teremos, pela primeira vez na Unesp, uma reitora. Isso é muito significativo. O Brasil e a sociedade precisam muito disso.”

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