A Justiça Eleitoral de Ilha Solteira (SP) realizou na manhã de ontem (17), a verificação de três urnas eletrônicas utilizadas no primeiro turno das Eleições 2018 e que receberam algum tipo de reclamação de eleitores. A audiência ocorreu no Cartório Eleitoral, localizado no Ilha Shopping.
Na presença do juiz eleitoral, André Luiz Tomasi de Queiróz, da promotora eleitoral, Marília Gonçalves Gomes Cangani, e de representantes do Partido dos Trabalhadores (PT) de Ilha Solteira, servidores da Justiça Eleitoral fizeram as verificações nas urnas 29, 43 e 71, que receberam reclamações relacionadas aos votos para presidente.
Essas reclamações foram registradas em atas pelos presidentes das seções eleitorais e, após a apuração do primeiro turno, as urnas foram lacradas até a verificação. Nenhum representante do PSL compareceu à verificação, nem mesmo os reclamantes de cada seção eleitoral.
Logo no início, o juiz eleitoral explicou como é o funcionamento e a segurança das urnas eleitorais. Falou também como é feita a transmissão do dados para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foram impressos novamente os boletins do primeiro turno das três urnas reclamadas e checadas as votações para presidente.
“Se tivesse alguma coisa viciada, que digitasse um número e aparecesse outro estaria demonstrado no boletim de urna, porque um deles não teria recebido votos”, constatou o juiz eleitoral.
Foram realizadas votações simuladas nas três urnas para os dois candidatos que disputam a Presidência da República e os dois que disputam o Governo do Estado no segundo turno e não foi registrada nenhuma anormalidade nas teclas ou nas fotos.
Nas três urnas as reclamações foram em torno do voto para o candidato Jair Bolsonaro, que obteve 57,26% dos votos nominais na urna 29; 50,73% na urna 43 e 57,47% na urna 71, conforme apuração no dia da eleição e a verificação ocorrida ontem.
Explicação
O juiz eleitoral explicou que, além da quantidade de votos no primeiro turno, que confundiu alguns eleitores, o teclado da urna eletrônica também foi motivo de reclamação. Segundo ele, por ser muito sensível é possível que um mesmo número seja digitado novamente. Outro aspecto destacado pelo juiz é que, se o eleitor apertar a tecla e mantiver pressionada, o número é digitado inúmeras vezes, como em um teclado de computador, o que pode ter gerado desconfiança nos eleitores.
O problema é fácil de resolver, segundo o juiz, basta que o eleitor esteja atento e corrija o voto antes de apertar a tecla ‘confirma’. “O eleitor pode corrigir quantas vezes quiser”.
