Em protesto realizado no final da tarde de hoje (16), um grupo formado por familiares, amigos e populares pediu justiça por Taila de Souza dos Santos, vítima de feminicídio no último dia 9, em Ilha Solteira (SP). Assista clicando aqui.
A técnica de enfermagem, de 25 anos, foi encontrada morta em um dos quartos da casa onde morava com o marido, na Rua N, no bairro Novo Horizonte.
Os manifestantes se reuniram na Praça dos Paiaguás, no dia que completa uma semana da morte da jovem, com camisetas e cartazes pedindo Justiça. Algumas pessoas falaram de justiça, impunidade e feminicídio.
Após orarem o Pai Nosso, os manifestantes seguiram em passeata por um trecho da Avenida Brasil Sul acompanhados por vários motociclistas que seguiram buzinando durante todo o trajeto.
Durante a passeata, os manifestantes gritaram palavras de ordem como: “Justiça ausente, Taila presente!” e “Impunidade não, Victor na prisão!”. Assista no final desta matéria vídeo de um trecho da passeata.
Justiça
O advogado contratado pela família de Taila Souza para atuar como assistente de acusação, Darley Barros Júnior, esteve no protesto.
Ele explicou ao Ilha News que o assistente de acusação trabalha em conjunto com o promotor e com a delegada “na colheita de provas, buscando informações e dando subsídios para que a Justiça possa esclarecer os fatos”.
Darley informou ainda que atua defendendo os interesses da família da técnica de enfermagem. “Ontem eu informei (ao juiz) que a sociedade ilhense está indignada, está de luto e clama por justiça. E a lei fala que quando há um clamor social, existe a possibilidade de prisão preventiva. Também pedi a prisão preventiva, pois ninguém sabe onde ele está, se ele fugir, ele não vai cumprir a pena e a justiça não será feita”.
O assistente de acusação disse também que aguarda a manifestação do promotor e do juiz sobre o pedido de prisão preventiva de Victor Nogueira Carvalho.
O advogado Conrado de Souza Franco, que apresentou Victor na DDM no dia seguinte ao crime, deixou o caso. Um novo advogado deve assumir sua defesa.
O crime
Taila de Souza dos Santos foi encontrada morta em casa, no dia 9 de maio, com sinais de asfixia. Ela e o marido tiveram um desentendimento na manhã daquele dia.
O marido saiu da casa e entrou em contato com a mãe dele para que ligasse para o Resgate do Corpo de Bombeiros, pois acreditava que Taila estava morta.
Victor se apresentou na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) acompanhado de uma advogado no dia seguinte ao crime.
Após depoimento ele foi preso em flagrante e encaminhado à Cadeia Pública de Penápolis (SP). No dia seguinte, em audiência de custódia, ele negou o crime e conseguiu liberdade provisória.
Na audiência, o juiz de plantão, de Andradina (SP), considerou o réu primário dele, a residência fixa e o registro em carteira, por isso, não decretou a prisão preventiva.
O Ministério Público recorreu da decisão, mas o pedido não foi acatado. As investigações do caso continuam e a polícia tem 30 dias para concluir o inquérito.
Vaquinha
A família de Taila Souza criou uma vaquinha on-line para arrecadar recursos para cobrir os custos com o assistente de acusação.
Para ajudar clique aqui.