Aparecida Graciano de Souza será julgada nesta quarta-feira (11) pelo homicídio, esquartejamento e ocultação do corpo do marido, Antônio Ricardo Cantarim, de 63 anos.
O crime aconteceu em maio 2023, em Selvíria (MS), e a idosa está presa desde 26 de maio, quatro dias após o crime. À polícia, Aparecida, que tinha 61 anos na época, confessou o crime.
O julgamento será amanhã, às 9h30 (horário de Brasília), na Sala de Sessões do Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal de Três Lagoas (MS). Aparecida, que participaria do júri por videoconferência, comparecerá presencialmente.
O caso, que teve repercussão nacional, terá o julgamento transmitido, ao vivo, no YouTube pelo canal “Júris em Três Lagoas”. Para assistir, clique aqui.
A defesa
Aparecida será defendida no Júri Popular por advogados de Ilha Solteira (SP) e de Selvíria, que assumiram o caso em maio desse ano. O Ilha News conversou, com exclusividade, com os advogados da ré.
Os advogados Rogério de Souza Silva, Valdir Rocha Santos, Fabiana Melo, Kethiny Nadiny Rodrigues de Figuerêdo, Gilcirene Cardoso de Souza Mizobata e Bruno Paulino de Abreu revelaram alguns aspectos sobre a motivação do crime, que serão apresentados durante o júri. Assista ao vídeo no final desta matéria.
Os defensores afirmam que Aparecida sofria ameaças e violência sexual por parte do marido, que também era acusado por estupro de vulnerável, em 2018, contra uma bisneta por afinidade. Esse processo, iniciado em 2020, estava em segredo de justiça.

O caso
Aparecida Graciano de Souza matou o marido Antônio Ricardo Cantarin no dia 22 de maio de 2023 e nos dias seguintes destruiu e ocultou seu corpo.
De acordo com o processo, a ré ofereceu um copo de água com veneno de rato para o marido tomar alegando que era remédio para a barriga.
Após cortar o corpo em várias partes com uma faca, a ré descartou o tronco do marido, sem pernas, braços e cabeça, dentro de uma mala e de sacos nas margens da BR-158. Ela chegou a pedir ajuda a vizinhos para carregar a mala com o tronco do marido.
A ré escondeu a cabeça, braços e pernas do marido no congelador de casa e, no dia seguinte, jogou essas partes já congeladas na beira da rodovia também.
O crime foi descoberto após um homem encontrar a mala às margens da rodovia, com o tronco da vítima dentro. A polícia localizou Aparecida após ouvir vizinhos e, inicialmente, ela negou o crime.
Ela foi presa em flagrante no dia 26 de maio de 2023, tendo a prisão preventiva decretada em 28 de maio de 2023. Desde então, a ré está no Estabelecimento Penal Feminino de Três Lagoas.
A vítima necessitava de cuidados especiais por ter sofrido um AVC.
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