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Conselho Tutelar: entrevista com Ivo de Oliveira nº 9

O candidato desta quarta-feira (25) é Ivo de Oliveira, de 43 anos, é católico.

Por Rodrigo Mariano

25/09/2019
às 13:20

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O Ilha News está entrevistando os 16 candidatos ao Conselho Tutelar de Ilha Solteira (SP) para conhecer um pouco do perfil de cada um.

A eleição acontecerá no dia 6 de outubro, das 8 às 17 horas, no Centro Cultural, na Praça dos Paiaguás. É preciso levar RG e título de eleitor para votar.

O candidato desta quarta-feira (25) é Ivo de Oliveira, de 43 anos, é católico e integrante do Movimento de Cursilhos de Cristandade da Igreja Católica, também é gerente de gestão de varejo.

O candidato de número 9 é formado em Administração de Empresas com ênfase em Gestão de Negócios. É pós-graduado com título de especialista em Gestão Empresarial e Recursos Humanos. Também é graduado em Direito e pós-graduado em Executivo Coaching.

Ivo é filho de barrageiro “com muito orgulho”, caçula de uma família de dez irmãos.

Fez parte da equipe do Programa Escola da Família do Governo do Estado como educador, nos últimos dois anos de sua primeira graduação.

À época, as atividades eram desenvolvidas aos finais de semana e em período integral.

Abdicou de seu lazer pessoal e familiar para se dedicar à causa na escola estadual Arno Hausser e ainda para custear parte dos seus estudos, atuando todos os sábados e domingos, valorizando cada minuto.

Ivo acredita que a principal função do Conselho Tutelar é a proteção e garantia dos direitos dos menores.

Confira abaixo a entrevista com a candidato de número 9.

Ilha News: Por que decidiu se candidatar ao Conselho Tutelar?
Ivo de Oliveira nº 9: A princípio, pelo convencimento de amigos e familiares e, segundo, por eu acreditar que o Conselho Tutelar é uma oportunidade que apareceu para mim.
Sempre fui movido por desafios e este é um novo desafio. Conheço bem o que me aguarda, caso eu seja eleito, porque já acompanhava no Programa Escola da Família, onde tive um bom trânsito junto aos mesmos e boa aceitação.
Aproveito para parabenizar os conselheiros que atuaram até aqui. Mas sempre é possível somar e é isso que gostaria de fazer.
No tempo em que estive no Programa Escola da Família, muitas foram as várias capacitações para atendimento deste público e me considero em condições de ajudar a nossa sociedade ilhense a melhorar.
Acredito que minha formação em Direito possa contribuir nesse trabalho, não para ficar citando leis, pois isso é muito simples, mas transmiti-las de forma mais clara para que a população as compreenda e trabalhar para que elas sejam obedecidas.

IN: Por que a população de Ilha Solteira deve escolher você para uma das cinco vagas do Conselho Tutelar?
Ivo de Oliveira nº 9: O conhecimento e a experiência profissional que adquiri no trabalho que desenvolvi no Programa Escola da Família aos finais de semana muito me encheram os olhos de esperança de que eu poderia algum dia ser instrumento de contribuição e desenvolvimento para estas gerações vindouras, no sentido de esclarecer e de proteção de seus direitos.
Todavia, isso é ferramenta indiscutível para o conselheiro tutelar e acima de tudo, esclarecer à crianças e adolescentes que seus direitos devem ser preservados, e mais ainda, conscientizá-los também de seus deveres e obrigações, importante ainda entenderem que em uma sociedade existem regras e que precisam ser entendidas e respeitadas, para uma melhor harmonia de convivência.
Por tudo isso, me faz acreditar que eu posso de alguma forma dar esta contribuição e ser votado pela população ilhense.
Nesse sentido e sem demérito aos colegas concorrentes à vaga de conselheiro tutelar, acredito que minha experiencia no Programa Escola da Família, quando da minha passagem na escola Arno Hausser, me credencia à vaga, bem como minha formação acadêmica em Direito e pós-graduação em Coaching são fatores que muito podem contribuir para o exercício da função de Conselheiro Tutelar.
Acredito que estou atento às questões em defesa dos direitos infanto-juvenis.
Concorrer a esta vaga é para mim uma forma de contribuir com a sociedade ilhense, onde moro, cresci e me desenvolvi como homem de bem e profissional responsável.
Um trabalho controverso e difícil nos aguarda se assim eleito for, acredito que deve haver cooperação e parcerias entre todos os envolvidos neste processo na busca de soluções sensíveis e práticas para a proteção e cuidado de crianças e adolescentes.
Muitos podem responder a este entendimento com ressentimento e resistência, digo a estes, não testem nossa vontade, mas nossa boa vontade. Vamos mostrar que pode fazer funcionar.

IN: Na sua opinião, qual o principal desafio para garantir os direitos e assegurar a proteção de crianças e adolescentes Ilhenses?
Ivo de Oliveira nº 9: Acredito que um dos desafios que possa existir é um maior envolvimento e integração do Conselho Tutelar com as outras instituições que integram a Rede de Proteção do município, como Creas, entidades, Ministério Público, Poder Judiciário, Polícias Civil e Militar entre outras no sentido de colaboração, não de subordinação.
Pois o Conselho Tutelar não é subordinado a quem quer que seja, ocorrendo apenas exercício de papéis e funções distintas.
Tanto é verdade que o Conselho Tutelar se constitui numa instituição democrática essencial ao Sistema de Garantias dos Direitos da Criança e do Adolescente, sendo por lei equiparado em importância (e mesmo em algumas prerrogativas funcionais – como é o caso do art. 136, inciso III e alínea “a”, do ECA) ao Ministério Público e à autoridade judiciária (valendo neste sentido observar que constitui o mesmo crime “impedir ou embaraçar a ação de autoridade judiciária, membro do Conselho Tutelar ou representante do Ministério Público” e a mesma infração administrativa “descumprir dolosa ou culposamente… determinação da autoridade judiciária ou Conselho Tutelar” – cf. arts. 236 e 239, do ECA, respectivamente).
Cumpre salientar que a comunidade ilhense tem como base a família, sim, a família é a base da sociedade, no entanto, atualmente, e pelas minhas andanças por onde passo, é notório que as famílias estão doentes, vulneráveis, desestruturadas, talvez estes sejam um dos maiores desafios também, bem como outro fator é a exclusão social, alcoolismo e drogas. Quem são os primeiros a sentir estes males? São as crianças.
Partindo deste diapasão, o que deve ser feito nestas situações é ofertar uma melhor Rede de Proteção e de Atendimento, não só como paliativo aos problemas já existentes, mas preventivamente como por exemplo: a inserção dos menores no mercado de trabalho e que estão à margem da lei.
É necessário como desafio, que o Poder Público municipal assuma também suas responsabilidades no fomento de programas e projetos de desenvolvimento social, destacamos aqui o terceiro setor, sistema “S”, me lembro muito bem do Senai, CIT-47 e outros, pois fiz parte e tínhamos oportunidades e cursos o dia inteiro onde crianças e adolescentes não ficavam ociosos.
Em por fim, com total conformidade com as diretrizes acima, criança e adolescentes é prioridade e assim deve ser tratado como um plano geral de cuidados, necessário para dar as mesmas do nosso município os direitos garantidos a elas perante a lei e observação das leis. Cuidar de crianças custa dinheiro e desperdiçar dinheiro público não é uma solução e o controle dos custos é um item prioritário em nossa lista de problemas a serem tratados.

Confira amanhã aqui no site ilha.news mais uma entrevista com os candidatos ao Conselho Tutelar.

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