O vereador Cícero da Silva (PDT) detonou a iniciativa do ex-prefeito Edson Gomes (PP) de entrar na com uma ação de cobrança na Justiça contra a Prefeitura de Ilha Solteira (SP) para receber R$ 812 mil de salários não pagos no período em que esteve preso e afastado por decisão judicial.
As declarações do parlamentar foram feitas durante a sessão da Câmara Municipal. Cícero afirmou que ficou decepcionado com a atitude e chamou o ex-prefeito de “cara de pau”. Confira o vídeo no final desta matéria.
“Nós não podemos aceitar isso. O povo tá passando fome na Ilha. Muita gente passando necessidade”, lamentou o vereador. “Só mostra que a nossa Ilha é um curral dele, que ele faz o que quiser”.
Nós não podemos aceitar isso. O povo tá passando fome na Ilha. Muita gente passando necessidade.
Cícero da Silva
Cícero ainda conclamou advogados dispostos a tentar impedir que o ex-prefeito consiga receber os salários não pagos na Justiça. O vereador ainda lembrou dos funcionários terceirizados que trabalham para a Prefeitura de Ilha Solteira e que recebem pouco menos de R$ 600 para trabalharem quatro horas por dia.
“E ele tem a cara lisa de ter coragem de entrar na Justiça para receber o tempo que ele não trabalhou. Será que a Ilha não já deu para ele o suficiente para sobreviver. O Edson não tinha nada, hoje tem 20 fazendas”, destacou.
O vereador lembrou também que Edson Gomes tem várias condenações em que tem que ressarcir os cofres públicos. “Nesse momento ele tinha era que devolver os dinheiros dos processos e não entrar para receber o dinheiro daquilo que ele não trabalhou”, finalizou.
Entenda o caso
Edson Gomes (PP) entrou com uma ação de cobrança na justiça para receber R$ 812.484,61 em salários de prefeito de Ilha Solteira (SP). Os advogados do político alegam que os subsídios são “devidos e não foram pagos”.
A ação cobra da Prefeitura os salários do período de abril de 2017 até novembro de 2019, quando Edson Gomes esteve preso preventivamente por seis meses e depois afastado das funções públicas por determinação da justiça.
Os advogados alegam que nesse período, seu filho e vice-prefeito Otávio Gomes (PSDB) recebeu vencimentos brutos da ordem de R$ 636.520,89 e que deveriam ter sido pagos também e de forma integral a Edson Gomes.