A chapa única “Compromisso com o servidor” do Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos do Município de Ilha Solteira-SP (Sindilha) obteve 92,4% na eleição para o triênio 2023-2026.
A votação aconteceu no último dia 29 de março e reelegeu Carlos Lopes da Silva como presidente. Em entrevista exclusiva, ele fez um balanço do primeiro mandato e dos projetos para o segundo mandato, que inicia no próximo dia 15.
Assista a entrevista completa no final desta matéria.
O presidente reeleito lembrou que no primeiro mandato enfrentaram o período de pandemia, o que restringiu bastante as ações da Diretoria do Sindilha.
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Mesmo assim, afirmou que o balanço final foi produtivo. “Tivemos algumas conquistas, mas ainda há muito trabalho a ser feito”, avaliou.
Carlos elogiou os membros do primeiro mandato pelo comprometimento e participação em todas as ações, que foram elencadas no relatório de gestão 2020-2023 distribuído aos servidores municipais.
Em relação à infraestrutura do Sindilha, o presidente reeleito destacou investimentos na sede, como a troca de móveis e equipamentos, compra de moto, carro e carretinha.
No clube de lazer do Sindilha, foram feitos investimentos em energia solar, na instalação de aparelhos de ar-condicionado nos quartos, calçada, alambrado, portaria, além da substituição da iluminação do campo.
Já sobre a atuação referente aos servidores, Carlos Lopes lembrou que o período da pandemia foi crítico para os servidores municipais por causa do congelamento dos reajustes estabelecido pelo Governo Federal.
Ele destacou a luta pelas perdas salariais e pelo pagamento do piso salarial dos professores e dos agentes de saúde e de endemias. Carlos Lopes lamentou a falta de diálogo com o Governo Municipal.
“Infelizmente, essa gestão [municipal] tem sido muito difícil para o servidor. Enfrentamos dificuldades com a Prefeitura, por um longo período a gente sequer conseguia fazer reunião com o prefeito. Fica difícil”, afirmou.
Carlos revelou que as reivindicações do Sindilha, muitas vezes, sequer são respondidas. Segundo ele, isso aumenta ainda mais o desafio do sindicato de defender os servidores municipais.
“A situação do servidor municipal de um modo geral, de muitos, é bem crítica. Aqui no sindicato a gente sente. A gente fica muito preocupado. O servidor passa dificuldade”, revelou.
O presidente disse também que o melhor caminho é a negociação, porém, quando o diálogo não é possível, o Sindilha busca todos os caminhos para defender os servidores.
Eleição inédita
“Pela primeira vez nós tivemos uma única chapa. Nesses 29 anos de fundação do sindicato, sempre tivemos duas chapas. Na última eleição foi bastante disputada, uma diferença muito pouca. E, dessa vez, não teve outra chapa. Isso demonstra que o pessoal aprovou o nosso trabalho”, enalteceu Carlos Lopes.
O presidente reeleito disse que esse fato aumentou ainda mais a responsabilidade da Diretoria que vai tomar posse.
“Porque quando você inicia um trabalho, as pessoas vão ver o que vai acontecer, ‘o que eles vão fazer?’. Quando você faz um trabalho bom, todo mundo aprova, só que eles querem que você permaneça para continuar. Então, para o próximo nós vamos ter que superar nós mesmos. É um compromisso maior, temos que trabalhar mais ainda. O peso é maior”, resumiu.
“O Carlos munícipe, ele tem lá o partido dele. Agora, o Carlos presidente, a nossa política aqui, a nossa bandeira é o servidor público”, afirmou.
Carlos Lopes da Silva, presidente reeeleito
Em relação à ausência de uma chapa governista na disputa pelo Sindilha, Carlos Lopes revelou que dois fatores contribuíram para isso, uma mudança no estatuto e a aprovação da Diretoria atual.
“O sindicato é apartidário, mas faz política sim. Desde a fundação, sempre houve [duas chapas]. Qualquer prefeito quer ter na mão, se não aliado, que não lhe cause problemas, que seja mais alinhado”, analisou.
O presidente reeleito disse que a política partidária é saudável e tem que existir, mas do portão para fora do sindicato.
“O Carlos munícipe, ele tem lá o partido dele. Agora, o Carlos presidente, a nossa política aqui, a nossa bandeira é o servidor público. O sindicato tem que ser o mais neutro possível em termos de política partidária”, afirmou.
Com forma de proteger e garantir uma atuação apartidária e independente do Sindilha, o estatuto do sindicato foi alterado.
“Para você se candidatar à eleição do sindicato você não pode ter cargo de confiança [na Prefeitura]. Isso é comum nos outros sindicatos. É para proteger a entidade de ingerências políticas, de uso político do sindicato”, explicou. “Se você tem um cargo de confiança do prefeito dá conflito de interesse. Como é que eu vou defender os direitos do servidor e ao mesmo tempo eu tenho um cargo de confiança do prefeito”.
Carlos Lopes também sobre os membros da Diretoria que se candidatarem às eleições municipais e, por ventura, sejam eleitos.
“Da mesma forma, qualquer membro da Diretoria para se candidatar tem que se afastar, é a lei. Mas, se qualquer um se eleger, será automaticamente desligado [da Diretoria]”.
Segundo mandato
Carlos Lopes informou ainda que o início do mandato será focado na pauta de reivindicações a ser tratada em maio, que é a data-base para discussão do reajuste do funcionalismo público municipal.
O presidente eleito disse que, entre outras coisas, o Sindilha levará para a assembleia geral as perdas salariais, o reajuste, os pisos dos professores e agentes de saúde e de endemias, o pagamento de 10 dias de férias e a regularização do vale-alimentação.
“Faremos visitas aos setores para identificar as demandas específicas, ver as condições de trabalho. Vamos discutir a segurança do trabalho, ter um olhar mais próximo”, adiantou.
Serão feitos novos investimentos no centro de lazer. Carlos Lopes revelou que a sede no Passeio Juazeiro precisa de uma ampliação, mas não descarta a compra e um imóvel maior para uma nova sede. “Tem que pensar grande para evoluir. Temos disposição e estamos muito entusiasmados”.
O presidente reeleito concluiu a entrevista agradecendo aos servidores que confiaram no trabalho da Diretoria, que apoiaram e incentivaram. Disse ainda que o compromisso de continuar lutando foi renovado.
“A responsabilidade agora aumenta pelo fato de a gente ter sido chapa única e ter tido essa aprovação muito importante. Podem contar com o sindicato, que estaremos seguindo firmes na nossa luta para garantir os direitos e interesses de todoas”, finalizou.
Chapa única “Compromisso com o servidor”
Diretoria:
- Carlos Lopes da Silva – presidente
- Sidneia Cristina André – vice-presidente
- Regiane Cristina Neres Bispo – secretária geral
- Liliane de Oliveira Silva – 2ª secretária
- Alex Henrique Pereira de Souza – tesoureiro
- Fernando Hino Kato – 2º tesoureiro
- Rutler Fonseca da Costa – diretor social
Conselho Fiscal:
- Marcelo Alves de Souza – presidente
- Daniel da Silva Cruz – vice-presidente
- Juraci João da Silva – secretário
- Maria Ivanilda da Silva – 1ª suplente
- Vitor Dario Zanata – 2º suplente
Delegados:
- Cláudia Cristina Vieira – delegada da Federação
- Marilza da Silva Messa – delegada da Confederação
