O juiz Fauler Felix de Avila destituiu os dois advogados de Jean Gomes de Menezes Santana, acusado de matar a estudante Maria Júlia Martins Quintino da Silva, em abril de 2018.
Os dois defensores também foram multados em dez salários mínimos (R$ 9.980,00). Agora, Jean deverá constituir novo defensor para a apresentação de alegações finais ou para requerer a nomeação de advogado.
O juiz ainda determinou prazo de 48 horas, após a intimação, para que Jean constitua novo advogado. Na decisão, o juiz explica o que motivou a destituição.
De acordo com a decisão, os advogados foram intimados por mais de uma vez para apresentarem as alegações finais, mas não cumpriram, “de forma injustificada, a determinação”.
Para o juiz, a atitude dos advogados “evidencia abandono processual”, ocorrido não apenas na fase processual, mas, igualmente, durante a instrução.
Relembre o caso
Maria Júlia, de 17 anos, foi atacada por Jean, seu ex-namorado, na esquina da viela onde morava com colegas de faculdade, no Passeio Batalha.
Ela seguia para o campus II da Unesp de Ilha Solteira, quando foi surpreendida por Jean, que estaria escondido atrás de um muro com uma faca.
Desesperadas, colegas ainda tentaram socorrer a jovem universitária, mas Maria Júlia não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Exame no corpo da universitária apontou 35 facadas.
Jean Gomes fugiu de carro levando a faca utilizada no crime. O carro foi encontrado horas depois em uma fazenda, mas ele conseguiu fugir.
Jean foi preso pela Polícia Militar dois dias depois, em Pereira Barreto (SP), quando tentava pegar carona. Na chegada a Ilha Solteira, uma multidão aguardava pedindo por justiça. O ex-namorado acabou confessando o crime.
