Os dados foram divulgados, ontem (13), pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP).
A constatação é do Núcleo de Gênero e do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAOCrim), que publicaram nota técnica conjunta.
Segundo a constatação dos dois órgãos, a quarentena que vigora por causa da pandemia provocada pelo coronavírus tem provocado aumento dos casos de violência contra a mulher.
De acordo com os dados levantados, em março, 2.500 medidas protetivas foram decretadas em caráter de urgência, ante 1.934 no mês anterior.
Portanto, o crescimento foi de quase 30%, reflexo da grande quantidade de casos de violência doméstica em virtude do maior número de horas que as mulheres têm ficado expostas a seus companheiros.
A nota técnica foi elaborada pelos promotores Valéria Scarance, Arthur Lemos, Fernanda Narezi, Ricardo Silvares e Rogério Sanches.
O problema já havia sido abordado pela delegada da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Ilha Solteira (SP), Carolina Tucunduva.
Segundo ela, houve um aumento significativo no número de prisões em flagrante na região de Andradina em virtude de violência doméstica.
A informação foi dada pela delegada na matéria “Delegacia Eletrônica passa a registrar violência doméstica”.