O ex-funcionário de uma loja de auto peças e retífica, na Zona Norte de Ilha Solteira (SP), denunciou o gerente do estabelecimento por injúria racial.
O rapaz de 24 anos disse à polícia que trabalhou de novembro de 2018 até maio deste ano e que, desde o início, vem sofrendo com as injúrias diante de várias pessoas.
De acordo com o boletim de ocorrência, o ex-funcionário era chamado de “pássaro preto, neguinho, negão, crioulo, carvão, macaco, preto”.
Segundo ele, quando cometia algum erro no serviço, o gerente, que é pai da proprietária do estabelecimento, dizia na frente de clientes e outros funcionários: “por isso que eu não gosto dessa raça de preto, essa raça de preto devia ser extinta do planeta, tem que matar todos”.
O ex-funcionário relatou que se sente muito constrangido e, por esse motivo, não teve mais condições de trabalhar na empresa.
Segundo a vítima, há testemunhas das injúrias raciais, as quais têm receio das atitudes do autor. Elas serão indicadas durante a investigação.
O autor ainda será ouvido pela polícia. A pena por injúria referente a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência é de um a três anos e multa.