O novo Ato em Defesa da Educação ocorreu na tarde desta quinta-feira (30), em Ilha Solteira (SP), com passeata e aula pública.
Em número bem menor que na primeira manifestação, os estudantes fizeram passeata da Escola Estadual Urubupungá até a Praça dos Paiaguás.
Na praça, foi realizada aula pública sobre os cortes na educação, a reforma da previdência, o movimento estudantil e as políticas ambientais.
Organizada pelos alunos do Instituto Federal e do Diretório Acadêmico ‘XI de Abril’, a manifestação expôs o “sucateamento da educação”.
Confira abaixo o manifesto completo dos organizadores em relação ao ato:
Sucateamento da Educação:
A educação tem papel fundamental na vida dos indivíduos que vivem em sociedade, esta não se restringe apenas a um período específico da vida, pelo contrário, é extremamente abrangente no que diz respeito à formação e desenvolvimento da consciência política da sociedade.
Nos últimos anos a educação vem sofrendo duros ataques que se aprofundaram com ascensão ultraliberal e antidemocrática, como o Projeto de Lei da Escola Sem Partido, PEC Teto de Gastos e a Reformulação da BNCC, com o propósito de estrangular o ensino público e gratuito de forma a inviabilizá-lo, abrindo pretextos para a privatização do mesmo.
No dia 30 de abril de 2019, o Governo Federal por meio do Ministério da Educação decidiu realizar cortes em 30% dos recursos da União destinados às Universidades e Institutos Federais de todo o país, sem qualquer justificativa plausível, tratando-se de uma media autoritária extremamente prejudicial à formação e à qualificação da população brasileira, com cortes que também se concentraram em ataques às ciências humanas e sociais, na filosofia e sociologia, justificando que essas áreas não dão retorno imediato e melhorias para a sociedade reduzindo assim a educação à formação de mão de obra em detrimento das múltiplas potencialidades que o ser humano pode desenvolver através do processo educacional.
Esses ataques visam destruir a soberania e autonomia das Universidades, de forma a desorganizar e desmobilizar um dos setores profissionais que mais têm enfrentado a reforma da Previdência, a educação, sendo esta reforma altamente prejudicial às populações vulneráveis.
Neste sentido convidamos toda a população, os sindicatos, a classe trabalhadora, estudantes a se juntar pela defesa da educação pública, gratuita, laica, democrática e socialmente referenciada.