A Unesp de Ilha Solteira lamentou o furto de 50 matrizes de peixes de um projeto de pesquisa coordenado pelo professor Alexandre Ninhaus da Silveira, do Departamento de Biologia e Zootecnica (DBZ). O furto ocorreu na madrugada desta terça-feira (8), no campus 2 da Unesp, ao lado do DBZ.
Os peixes eram criados em uma estufa coberta om lonas plásticas. Na manhã de hoje, ao verificarem o tanque onde havia 70 piracanjubas, constaram o furto de 50 matrizes, totalizando cerca de 100 quilos. Os ladrões cortaram a tela da estufa para ter acesso aos tanques.
O chefe do DBZ, professor Alan Peres Ferraz de Melo prestou queixa do furto na Delegacia de Polícia, onde foi registrado o boletim de ocorrência. A Polícia Científica esteve no local e realizou a perícia. Na área onde está a estufa para criação dos peixes existem vários outros experimentos impróprios para consumo humano.
“perda muito grande em termos de desenvolvimento de trabalhos na área de ictiologia”
Pesquisa
De acordo com a Unesp, os peixes faziam parte de projeto de pesquisa e o furto consiste em uma “perda muito grande em termos de desenvolvimento de trabalhos na área de ictiologia [ramo da zoologia que estuda os peixes] em que inserem os estudos do grupo de pesquisa da Unesp”.
Esses peixes eram usados em experimentos científicos internacionais e estão contaminados por produtos químicos perigosos e receberam hormônios, não podendo ser consumidos. Alguns produtos aplicados podem ter efeitos cancerígenos em pessoas. Em caso de ingestão, a pessoa deve procurar, imediatamente, o hospital.
Piracanjuba
A piracanjuba é um peixe da bacia do rio da Prata e está em risco de extinção. O espécime chega a medir 80 centímetros e pode pesar até seis quilos. A piracanjuba é um peixe migratório e pode ser encontrada também em rios dos Estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
(FOTO: Área tem vários outros experimentos impróprios para consumo / Rodrigo Mariano)