Uma oficina de Ilha Solteira (SP) teve um prejuízo de R$ 69,4 mil após receber a ligação no telefone fixo de um golpista se passando por atendente da central do banco, no último dia 13.
O suposto atendente informou à funcionária da oficina que tinha sido realizada uma tentativa de compra via Pix no valor de R$ 2.950 e a instruiu a ligar na central do cartão bancário para bloquear.
Antes de seguir o procedimento, a funcionária verificou as contas e constatou que o saldo estava normal, sem alteração.
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Ao ligar no 0800 que consta no verso do cartão, uma pessoa atendeu dizendo ser da Febraban e informando que havia tentativas de compra e transferência via Pix.
Esse suposto atendente da Febraban pediu que ela aguardasse até o cancelamento e rastreamento do ocorrido, sendo transferido R$ 4 mil para a conta da empresa e depois para outra pessoa.
Ele pede que a funcionária entre no aplicativo do banco e ela diz que não tem o app, mas quando observa o celular, o app estava instalado.
Em determinado momento, a funcionária percebeu que o celular estava funcionando sozinho, abrindo aplicativos por conta própria, sendo instalados dois aplicativos, um do banco e o RustDesk (software de acesso remoto e controle remoto, permitindo a manutenção de computadores e outros dispositivos).
O suposto atendente da Febraban pergunta se a oficina tem o aplicativo de um outro banco e ela responde que não, então ele informa que a conta deste outro banco também estaria sendo hackeada.
O golpista orientou a funcionária a ir até o caixa eletrônico fazer o desbloqueio do aplicativo e pediu que ela o ligasse no momento do desbloqueio em um número de celular com DDD do Piauí.
A funcionária não atendeu à orientação e não fez o procedimento de desbloqueio desta conta, que foi a única que não foi invadida.
Desconfiada de uma invasão na rede de internet, a funcionária pediu ao proprietário da oficina que desligasse todos os aparelhos e desinstalasse os aplicativos.
Imediatamente o golpista ligou para a funcionária dizendo que não conseguiu concluir o rastreamento do Pix. Desconfiada, ela informou que a energia elétrica da cidade tinha acabado.
Ao constatarem o golpe, ligaram para os três bancos onde a oficina tem conta para bloquear os cartões e aplicativos, mas já era tarde. Os golpistas conseguiram retirar R$ 69.400,00 das três contas.
O caso foi registrado na Delegacia de Polícia como estelionato e será investigado.
As fraudes e os golpes financeiros mudam todo dia e a melhor forma de prevenção é se manter informado.
Por isso, a Febraban criou uma lista com os golpes mais comuns e também divulgou 10 dicas anti-golpe. Para conferir, clique aqui. Abaixo, o Ilha News traz como é e como evitar o golpe da falsa central de atendimento.
Golpe da falsa central de atendimento
Como é
O fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco ou empresa com a qual ela tem um relacionamento ativo.
Informa que sua conta foi invadida, clonada ou outro problema e, a partir daí, solicita os dados pessoais e financeiros da vítima.
E até mesmo pede para que ela ligue na central do banco, no número que aparece atrás do seu cartão, mas o fraudador continua na linha para simular o atendimento da central e pedir os dados da sua conta, dos seus cartões e, principalmente, a sua senha quando você a digitar.
Como evitar
Se receber esse tipo de contato, desconfie na hora. Desligue e entre em contato com a instituição através dos canais oficiais, de preferência, usando o celular ou aplicativos móveis, para saber se algo aconteceu mesmo com sua conta.
O banco nunca liga para o cliente pedindo senha nem o número do cartão e também nunca liga para pedir para realizar uma transferência ou qualquer tipo de pagamento.