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Falta de chuva pode afetar geração de energia e já preocupa

A falta de chuva pode afetar o transporte hidroviário e a geração de energia
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Quatro entidades que pesquisam e monitoram o clima lançaram um alerta de emergência para o centro-sul do país. De acordo com elas, o motivo do alerta é a previsão de pouca chuva nos meses de junho a setembro deste ano na região da bacia hidrográfica do Rio Paraná, que abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

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O comunicado é assinado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemadem).

Os pesquisadores apontam que as perspectivas climáticas para este ano e para 2022 indicam risco de crise hídrica para a maior parte da região central do país, durante a época da seca, que costuma começar em maio e ir até setembro.

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A falta de chuva pode afetar o transporte hidroviário e a geração de energia. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informa que o único reservatório na bacia do Rio Paraná, o de Ilha Solteira, por exemplo, opera com 47,03% da capacidade.

Ainda segundo o ONS, os reservatórios do subsistema Sudeste / Centro-Oeste estão com 32,19% da capacidade. Os dados do ONS foram atualizados ontem (30).

O Ministério de Minas e Energia informou que, de setembro do ano passado a maio deste ano, os rios pelo país chegaram ao volume mais baixo dos últimos 91 anos, desde que começaram a ser monitorados.

Conforme destacado pelo ONS, em maio de 2021, não foram observados valores significativos de precipitação, comportamento típico da estação seca, condição que deverá se manter nos próximos meses, especialmente, na região Sudeste/Centro-Oeste.

Situação crítica

Em reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), no último dia 27, foi também informada a situação hidrológica crítica atualmente vivenciada na bacia do Rio Paraná, que engloba as bacias dos rios Paranaíba, Grande, Tietê e Paranapanema.

Nessas bacias estão localizadas as usinas hidrelétricas com os principais reservatórios de regularização do Sistema Interligado Nacional (SIN), entre eles Ilha Solteira, cujos recursos são operados de maneira que, nos períodos secos, seus estoques possam ser utilizados de maneira otimizada e com vistas a garantir o devido atendimento à carga.

Diante do cenário apresentado, foram especificadas, dentre outras medidas para enfrentamento da escassez hídrica vivenciada e seus impactos diversos, inclusive sob a ótica do setor elétrico brasileiro, alternativas referentes a flexibilizações de restrições hidráulicas.

Dessa maneira, diante do reconhecimento da severidade da atual situação hidroenergética de algumas das principais bacias hidrográficas do SIN, que registrou o pior período hidrológico de setembro de 2020 a maio de 2021, tendo em vista os estudos apresentados pelo ONS, e com vistas a garantir a governabilidade das cascatas hidráulicas no país, o CMSE reconheceu a importância da implementação das flexibilizações das restrições hidráulicas relativas às usinas hidrelétricas Jupiá, Porto Primavera, Ilha Solteira, Três Irmãos, Xingó, Furnas e Mascarenhas de Moraes.

Ressalta-se que as iniciativas relativas à flexibilização de restrições hidráulicas de empreendimentos localizados nas bacias dos rios Grande e Paraná visam a mitigar o risco da perda do controle hídrico na bacia do rio Paraná.

Portanto, para além de questões energéticas, o intuito das medidas é garantir a devida governabilidade das cascatas hidráulicas, inclusive quanto à preservação do uso da água, ao longo do período seco de 2021.

Além disso, o CMSE deliberou por recomendar à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) que seja reconhecida a situação de escassez hídrica na Bacia do Rio Paraná, bem como encaminhar as propostas deliberadas pelo Colegiado ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), tendo em vista se tratarem de relevantes ações que objetivam a manutenção da segurança no abastecimento e no atendimento eletroenergético.

Por fim, o CMSE registrou a importância da articulação institucional, não limitada ao setor elétrico brasileiro, para que as medidas em curso possam ser efetivas para o incremento da segurança no suprimento de energia elétrica no país ao longo de 2021.

(Com informações da Agência Brasil)

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