O vereador Alberto dos Santos Júnior, o Beto (PSB), foi um dos sete parlamentares eleitos em Ilha Solteira (SP) que tiveram a prestação de contas da campanha para as Eleições 2020 reprovada.
Em relação às contas do vereador Beto, foram apontadas quatro irregularidades: extrapolação de limite de gastos; recebimento de recursos de origem não identificada; doação em espécie de valor superior a R$ 1.064,10; e ausência de detalhamento sobre a distribuição do material adquirido para a campanha.
A sentença do juiz eleitoral de Ilha Solteira, Jamil Nakad Júnior, foi divulgada na última sexta-feira (29).
Antes, o chefe do Cartório Eleitoral e o Ministério Público Eleitoral já tinham se manifestado pela desaprovação.
Ao IlhaNews, Beto disse que não tinha informação de que poderia gastar recursos próprios apenas o correspondente a 10% do limite de gastos de campanha.
Como o limite de gastos informado foi de R$ 22.016,78, o candidato poderia utilizar apenas R$ 2.201,67 de recursos próprios.
“Infelizmente, não posso alegar ignorância da lei. Agora é esperar a Justiça e recorrer”, declarou o vereador Beto.
Beto foi o segundo vereador mais votado em Ilha Solteira, com 604 votos. Ele declarou à Justiça Eleitoral ter arrecadado R$ 10,1 mil para a campanha, tendo gasto R$ 9.750.
Do total de receitas, R$ 8.850 foram de recursos próprios, o equivalente a 87,6%. Mais da metade dos recursos (57,5%) foram gastos com publicidade por materiais impressos.
Prestação de contas
Também tiveram as prestações de contas das campanhas reprovadas os seguintes vereadores:
- Cícero (PDT)
- Dalmi (PL)
- Cido (DEM)
- Eduardo (PL)
- Ricardo (PSB)
- Thereza (PSB)
O único que teve a prestação de contas da campanha aprovada foi o presidente da Câmara, Luiz Otávio Collus de Paula (DEM).
Já o vereador Jeferson Kanon (MDB) ainda não teve as contas analisadas pelo juiz eleitoral.
A prestação de contas da campanha do prefeito reeleito Otávio Gomes (PSDB) também foi reprovada pela Justiça Eleitoral.